quinta-feira, 30 de junho de 2011



... Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço,
... Uma primeira caminhada por uma nova cidade,
... Uma primeira estreia em algo que nunca fiz,
Quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego,
Quero ter sensações inéditas até o fim dos meu dias.

- Martha Medeiros.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O que te faz feliz? Acordar sem o despertador, colocar leite no copo e encontrar a lata de Toddy quase vazia, mas descobrir que aquela quantidade é o suficiente, abrir o pote de sorvete e encontrar sorvete e não feijão congelado, encontrar dinheiro no bolso da calça, achar alguma foto de algum momento especial que você não conseguiu registrar na câmera de alguém, estar vestida de qualquer jeito, e com o pior humor do mundo e alguém te chamar de linda na rua, chegar na padaria e descobrir que o pão acabou de sair do forno, alguém colocar créditos no seu celular por engano, receber uma mensagem de alguém que você nem esperava que tivesse ou lembrasse do seu número, descobrir que sua mãe fez sua comida favorita pro almoço, receber sua prova e ver que não foi tão mal quanto pensava, estar desesperada pra terminar alguma tafera e descobrir que você marcou a data errada, que ela ainda é pra semana seguinte, saber no Domingo à noite que no outro dia você terá um compromisso com sua mãe e não vai poder ir a aula, ligar o rádio e no mesmo minuto começar sua canção favorita, conseguir ficar num ótimo lugar no show do seu ídolo, pensar numa roupa pra uma ocasião e ela dar certo, ganhar abraços espontâneos e ouvir “eu te amo” sem nenhum motivo especial, ganhar uma festa surpresa no seu aniversário, contar uma piada idiota e mesmo assim as pessoas rirem bastante, descobrir que sua melhor amiga está tão triste quanto você por terem brigado, entender uma matéria que parecia impossível, descobrir coisas em comum com a pessoa especial, saber que alguém que você tem pouco contato nunca esquece de você, saber que alguém também lembra daquela tal situação pequena e boba que marcou muito pra você, encontrar uma música que pareça que foi feita pra você ou pro momento que você está vivendo, ganhar um sorriso de alguma criança desconhecida na rua, chegar em casa de mau humor e mesmo assim ver aquele bichinho peludo vir correndo te lamber e fazer festa por sua chegada, ficar sozinha em casa, ligar o som alto, dançar na frente do espelho, comer porcarias o dia inteiro, demorar muito no banho, dormir no sofá e acordar na sua cama, sonhar com as coisas que você queria que acontecesse e mais um milhão de coisas tão simples, mas que são as que realmente te fazem feliz e muitas vezes você nem sabe.
Tudo é uma questão de ponto de vista. Se você for pensar bem, quem mais te fez sofrer, é quem mais te fez crescer.
Eu briguei com meu coração. Disse que jogasse o amor antigo fora. Ele deu nó. Coração não entende ordens. De um lado a razão exigindo. De outro o coração tentando. A verdade é que nem tudo sai como o planejado. Mas a gente tenta. Um amigo meu me disse que fica surpreso como eu racionalizo os sentimentos. Eu perguntei se falava de mim. Acho que sofro calada. Calada. Maquiada. E de salto alto. Mas manter a pose cansa. Cansa ser racional. Cansa enganar o coração. Cansa ser forte. A verdade é que hoje eu vi um livro que você me deu e chorei calada. Porque é feio chorar por amor perdido. Mas… quer saber? Estou com sinusite. E não estou nem aí para escrever bonito. Quero respirar de novo e amar alguém como um dia eu te amei. Alguém aí acredita em segundo amor?


domingo, 26 de junho de 2011

"Estou te querendo muito bem neste minuto. Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância. Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. [...] Mesmo que a gente se perca. não importa que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim.

Caio Fernando Abreu

Há um silêncio dentro de mim. E esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras.
 Clarice Lispector


sexta-feira, 24 de junho de 2011

No final das contas…….há algumas coisas que não dá para evitar de comentar. Algumas coisas que a gente não quer ouvir e algumas coisas que a gente fala porque não dá para segurar mais. Algumas coisas são mais do que você diz, elas são o que você faz. Algumas coisas você fala porque não há outra opção. Algumas coisas você guarda pra você mesmo. E, não raro, às vezes algumas coisas falam por si só.” [Grey’s Anatomy] http://meme.yahoo.com/cassia_cristina/originals/
….há algumas coisas que não dá para evitar de comentar. Algumas coisas que a gente não quer ouvir e algumas coisas que a gente fala porque não dá para segurar mais. Algumas coisas são mais do que você diz, elas são o que você faz. Algumas coisas você fala porque não há outra opção. Algumas coisas você guarda pra você mesmo. E, não raro, às vezes algumas coisas falam por si só.”

[Grey’s Anatomy]

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Por que se preocupar por tão pouco? Por que chorar, se amanhã tudo muda de novo?" 




- Capital Inicial

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Leve.
Leve embora tudo que não te leva a lugar nenhum.
Leve somente as coisas leves.
Eleve o pensamento, deixe leve a mente.
Eleve o que te faz sentir, viva, leve.

Talvez seja melhor assim, até porque eu não vou mudar nem tentar entender o que aconteceu ou vai acontecer. Esperava algumas atitudes sua, só que dessa vez eu esperei por muito tempo. Você já não está mais aqui para argumentar, e eu sinto falta até do seu silêncio. Fique longe apenas o bastante para sentir a sua falta, e quando voltar faça de conta que nada aconteceu. Me ame e me deseje mais, assim descobrirei o quanto te quero. Enquanto isso, aproveite a sua liberdade que eu superarei a sua falta.
 Vem cá. Me dá aqui a sua mão. Coloca sobre meu peito. Agora escute. Olha o tumtumtum. Você pode me ouvir? É pra você, seu besta! É por você que meu coração bate! (Ele, que de tanto bater, parou sem querer outro dia). Posso confessar? Jura que vai acreditar em mim? A verdade é que estou de saco cheio de histórias românticas. Meus casos de amor já não têm a menor graça. Será que você me entende? Eu não escrevo porque vivo amores cinematográficos e quero contar pro mundo. Não!! Eu escrevo porque eu sou uma maluca. Minha vida é real demais. Um filme B pra ser mais exata. E eu não acho graça em amores sem final feliz. Por isso, invento. Pro sangue correr pelas veias, pra lágrima cair dos olhos, pra adrenalina sacudir o corpo. Eu invento amores pra ver se eu acredito em mim. (Acredita?). Mas hoje eu estou cansada. Estou cansada de mentiras, de realidade, de telefone mudo e de músicas sem letra.(...)
(...)Me deixa ser egoísta. Me deixa fazer você entender que eu gosto de mim e quero ser preservada. Me deixa de fora de suas mentiras e dessa conversa fiada. Eu sou uma espécie quase em extinção: eu acredito nas pessoas. E eu quase acredito em você. Não precisa gostar de mim se não quiser. Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado. Não me diga nada. (Ou me diga tudo). Não me olhe assim, você diz tanta coisa com um olhar. E olhar mente, eu sei! E eu sei por que aprendi. Também sei mentir das formas mais perversas e doces possíveis. (Sabia?) Mas meu coração está rouco agora. GRAVE! Você percebe? Escuta só como ele bate. O tumtumtum não é mais o mesmo. Não quero dizer que o tempo passou, que você passou, que a ilusão acabou, apesar de tudo ser um pouco verdade. O problema não é esse. Eu não me contento com pouco. (Não mais). Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também.




"Mas chega, se não houve troca, chega, porque amar sozinho é solitário demais."

(Tati Bernardi)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Hoje acordei inteira. Migalhas? Pedaços? Não, obrigada. Não gosto de nada que seja metade. Não gosto de meio termo. Gosto dos extremos. Gosto do frio. Gosto do quente (depende do momento.) Gosto dos dedinhos dos pés congelados ou do calor que me faz suar o cabelo. Não gosto do morno. Não gosto de temperatura-ambiente. Na verdade eu quero tudo. Ou quero nada. Por favor, nada de pouco quando o mundo é meu. Não sei sentir em doses homeopáticas. Sempre fui daquelas que falam "eu te amo" primeiro. Sempre fui daquelas que vão embora sem olhar pra trás. Sempre dei a cara à tapa. Sempre preferi o certo ao duvidoso. Quero que se alguém estiver comigo, que esteja. Mesmo que seja só naquele momento. Mesmo que mude de idéia no dia seguinte.


Ela também teve seu coração machucado. Dilacerado, imagino. Normal. Desse mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sim, sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!"

Fernanda Mello
Me mande mentalmente coisas boas. Estou tendo uns dias difíceis mas nada, nada de grave. Dias escuros sem sorrisos, sem risadas de verdade.Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir. Dormir porque o mundo dos sonhos é melhor, porque meus desejos valem de algo, dormir porque não há tormentos enquanto sonho, e eu posso tornar tudo realidade. Quando acordo, vejo que meus sonhos não passam disso, sonhos; e é assim que cada dia começa: desejando que não tivesse começado, desejando viver no mundo dos sonhos, ou transformar meu mundo real num lugar que eu possa viver, não sobreviver.
 
Caio F. Abreu

“Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.”

terça-feira, 14 de junho de 2011


Ana Jácomo

Nos raros e vastos instantes em que consigo experimentar a liberdade da ausência de  expectativas, costumo receber melhor o presente. Um bocado de vezes, recebo o presente melhor. Enquanto eu o desembrulho, percebo, em geral um tanto surpresa, que não preciso necessariamente que algo mude para eu ser feliz porque já sou. Apesares, pesares, incluídos.

É claro que os acréscimos são muito bem-vindos.

Aprendizado



Ana Jácomo

Meu coração é totalmente desarmado. Se eu amo, amo mesmo. Se eu confio, confio mesmo. Mas, o tempo, o aprendizado que vem com as circunstâncias, têm me ensinado que inocência é coisa pra andar bem juntinha da sabedoria.

Meu coração é desarmado, mas grande parte dos outros não é.


Tenho sentido que inúmeras vezes nasci e renasci. É como se todos os dias alguém que até ontem era estranho pra mim, hoje fizesse todo sentido e tomasse o meu lugar. A vida é um quebra cabeça, mas nem todas as peças se encaixam no momento em que surgem, por isso, algumas nos são entregues pelas mãos do tempo. Preencher nossos espaços vazios não é o suficiente, cada lacuna ocupada em nós deve fazer sentido. É bom ser refeito e entender essas mudanças. Nossa largueza é infinita e somos moldados diariamente por nossas tristezas, alegrias, frustrações e delicadezas. Somos de barro e são nossas vivências que nos dão a forma exata.


"A vida é muito bonita basta um beijo e a delicada engrenagem movimenta-se, uma necessidade cósmica nos protege."


Adélia Prado


Já percebeu como o “quase” muitas vezes é mais interessante que uma certeza. Um “quase” trabalho, uma “quase” oportunidade, um “quase” amor. O quase é impalpável, só ele permite que a nossa cabeça construa a idéia que quiser sobre aquilo que não se realizou. É muito mais fácil se apegar a um quase do que a uma certeza. A certeza carrega todas as verdades e o quase é uma quase mentira que trás consigo todas nossas ilusões concretizadas. Quem garante que seria como eu penso? Minha única certeza é que por um momento eu quase acreditei.

domingo, 12 de junho de 2011



Pensa em tudo que já foi feito e acredite em seu roteiro. Se teve dias de sol e noites nubladas, não importa. A vida não pode ser rebobinada como uma fita e cada personagem e cena teve o seu lugar na história. Não descarte as emoções sentidas nem menospreze as atitudes escolhidas. Apenas assista novamente de fora, cada pedaço, cada momento. Não pause sua vida porque em algum capítulo o roteiro não te agradou, há ainda muitas cenas por vir. Se no seu presente existem lembranças do passado, saiba que foi o seu passado que construiu seu presente. Não se ausente!


Fernanda Gaona

sexta-feira, 10 de junho de 2011


'Doía. Continua doendo. Ainda não acabou. Passa, passará.'



Caio F. Abreu


"Intimidade é quando a vida da gente relaxa diante de outra vida e respira macio. Não há porque se defender de coisa alguma nem porque se esforçar para o que quer que seja. O coração pode espalhar os seus brinquedos. Cantar a música que cada instante compõe. Bordar cada encontro com as linhas do seu próprio novelo. Contar as paisagens que vê enquanto cria o caminho. Andar descalço, sem medo de ferir os pés."


Ana Jácomo


"Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto."




Caio

Mais pura verdade !!

“Ser feliz não custa nada?!?”


Quem inventou essa frase estava totalmente equivocado, porque ser feliz custa sim!

Custa muito dos seus esforços, custa parte dos seus sorrisos, custa um pouco de disposição e custa tudo que você ainda tem guardado de ilusão.
Eu sei que parece clichê, mas se engana quem pensa que a felicidade cai no colo ou vem embrulhada e com laço de enfeite. Ser feliz custa caro e só acontece pra quem não mede esforços. Para aqueles que sabem que reclamar é mais prático, mas escolhem agradecer porque é mais gratificante.

Fernanda Gaona

A gente “cria” a expectativa com tanto carinho e amor e ela sem mais nem menos deixa a gente na mão. Ô ingratidão

Como é bom criar uma expectativa. Parece inevitável. Basta um sinal e lá vamos nós nos apegar aquela esperançazinha por menor que seja. Fazer planos com algo concreto é coisa para os medrosos, os atrevidos criam histórias com aquilo que não existe mesmo. Somos conduzidos pela nossa vontade e mais do que disposição é preciso muita coragem pra abraçar nossas loucuras. Não importa se o amor não vingou, se o emprego não rolou, se ficamos na vontade. Apostamos naquilo e ponto, mesmo que isso implique em uns tombinhos de vez em quando. Somos escravos dos nossos sonhos e por eles topamos qualquer desafio, corremos todos os riscos, inclusive o da frustração. Criamos expectativa porque acreditar é delicioso, e por mais que o chão seja um lugar mais seguro, nada como balançar os pezinhos láááá no alto. E quer saber... porque duvidar? Vai que um dia aquele plano decola mesmo. Aí não vai ser você o primeiro a atrapalhar por medo de altura, vai?!?

Fernanda Gaona



Não existe essa idéia de “fulano é mal amado”
Ninguém é amado de uma maneira negativa
Se é, definitivamente, não é amor.


Fernanda Gaona
" A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez mais com fé e liberdade. O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele do coração. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver.(...) Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.” 


Ana Jacomo


"E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras."


"-Cansado, eu? Imagina, sou inesgotável. Uma verdadeira Fonte Alternativa de Energia."
                                                                                                               Caio F. Abreu
[Eu lanço a rede no mar]

quarta-feira, 8 de junho de 2011

NINGUÉM MAIS NAMORA AS DEUSAS

MULHERES


Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. É isto mesmo.
Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha?
As mulheres não são mais para amar; nem para casar. São para "ver".
Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones?
Prometem-nos um prazer impossível, um orgasmo metafísico, para o qual os homens não estão preparados...
As mulheres dançam frenéticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas, com seios imensos, girando em cima de garrafas, enquanto os pênis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura.
Os machos estão com medo das "mulheres-liquidificador".
O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas ou irmãs almejam ser (meu Deus!), é a prostituta transcendental, a mulher-robô, a "Valentina", a "Barbarela", a máquina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperatômico tesão.
Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há.
Os "malhados", os "turbinados" geralmente são bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou.
Ou, então, reprodutores como o Zafir, para o Robô-Xuxa.
A atual "revolução da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres.
Ilusão à toa.
A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: Superobjetos. Se achando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e dinheiro.
São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.
Mas, diante delas, o homem normal tem medo.
Elas são "areia demais para qualquer caminhãozinho".
Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens.
Eles vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60.
Não há mais o grande "conquistador".
Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeur, babando por deusas impossíveis.
Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos "normais" e "disponíveis"...
Pois bem, com certeza a televisão tem criado "sonhos de consumo" descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor (eu).
Mas ainda existem mulheres de verdade.
Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o que tem "dentro de casa", o seu trabalho.
E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir um gosto pela música, pela cultura, pela família, sem medo de parecer um "chato" ou um "cara metido a intelectual".
Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas.
Mulheres que adoram receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails) românticos!!
Escutar no som do carro, aquela fitinha velha dos Beegees ou um cd do Kenny G (parece meio breguinha)...mas é tão boooom namorar escutando estas musiquinhas tranquilas!!!
Penso que hoje, num encontro de um "Turbinado" com uma "Saradona" o papo deve ser do tipo:
-"meu"... o meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil!."
-"Ah "meu"..o meu personal Trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nunca vou precisar de plástica". E a música???
Só se for o "último sucesso (????)" dos Travessos ou "Chama-chuva..." e o "Vai serginho"???...
Mulheres do meu Brasil Varonil!!! Não deixem que criem estereótipos!!
Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira. A mulher brasileira é linda por natureza!!
Curta seu corpo de acordo com sua idade, silicone é coisa de americana que não possui a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza. E se os seus namorados e maridos pedirem para vocês "malharem" e ficarem iguais à Feiticeira, fiquem... igual a feiticeira dos seriados de Tv:
Façam-os sumirem da sua vida!


terça-feira, 7 de junho de 2011




Ana Jácomo

Se você ama, diga que ama. Não tem essa de não precisar dizer porque o outro já sabe. Se sabe, maravilha, mas esse é um conhecimento que nunca está concluído. Pede inúmeras e ternas atualizações. Economizar amor é avareza. Coisa de quem funciona na frequência da escassez. De quem tem medo de gastar sentimento e lhe faltar depois. É terrível viver contando moedinhas de afeto. Há amor suficiente. Há amor para todo mundo. Há amor para quem quer se conectar com ele. Não perdemos quando damos: ganhamos junto. Quanto mais a gente faz o amor circular, mas amor a gente tem. Não é lorota. Basta sentir nas interações do dia-a-dia, esse nosso caderno de exercícios.

Se você ama, diga que ama. A gente pode sentir que é amado, mas sempre gosta de ouvir e ouvir e ouvir. É música de qualidade. Tão melodiosa, que muitas vezes, mesmo sem conseguir externar, sentimos uma vontade imensa de pedir: diz de novo? Dizer não dói, não arranca pedaço, requer poucas palavras e pode caber no intervalo entre uma inspiração e outra, sem brecha para se encontrar esconderijo na justificativa de falta de tempo. Sim, dizer, em alguns casos, pode exigir entendimentos prévios com o orgulho, com a bobagem do só-digo-se-o-outro-disser, com a coragem de dissolver uma camada e outra dessas defesas que a gente cria ao longo do caminho e quando percebe mais parecem uma muralha. Essas coisas que, no fim das contas, só servem para nos afastar da vida. De nós mesmos. Do amor.

Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Desculpa eu não te querer mais logo agora que a vida está sendo doce comigo. Têm coisas suas que não cabem na minha alegria como, por exemplo, tuas feridas tão antigas e as curas que eu fazia pra te consertar pro mundo, mas continuar com minhas mãos vazias.Desculpa eu desobedecer a demanda da tua angústia. Eu não quero mais ouvir, naquela passividade profunda de amante, tuas lamúrias, tuas escolhas equivocadas, teu emocional sempre tão confuso.

Eu só quero celebrar as minhas flores de dentro da forma mais adequada. 
Eu não tenho mais tempo para ser aquela pessoa certa na tua hora errada.


Marla de Queiroz


"Não tenho culpa se meus dias têm nascido completamente coloridos. Simplesmente quando acordo decido que quero ser feliz"




[Martha Medeiros]



"A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura."

[ Lya Luft ]

E quem foi que disse que ser gente grande é fácil ?

Coração à recostar

São tantas cores....
Está tão colorido que convida o coração  à recostar.
E você, vem comigo?
Me acompanha com os tons mais quentes 
da minha caixa de lápis de cor.