sexta-feira, 18 de novembro de 2011

' Então eu pego o passado e o transformo em poesia ou coisa assim' Caio F. Abreu

Revirando um fundinho de coisas que já foram. Encontrei você ali parado pronto pra me ouvir.
Tão estranho te reencontrar e contar pra você meus medos. Não me dói mais falar teu nome e rir das tuas piadas tão sem graça, não dói, não dói e dessa vez não dói de verdade.
Foi bom ouvir você me dizer que sempre está aqui, que posso te ligar e contar com você.
Posso, posso mesmo?! Você não vai me achar maluca e pedir que me internem?!
Eu ainda estou boba e uma saudade meio sem jeito desaponta e eu só quero terminar essa conversa com um se cuida bem grandão. Aquele se cuida gigante que eu desenhei no céu naquele domingo de sol e naquele sábado de chuva e nos dias que ficaram lá. Ficaram pra trás juntos com os cavalos, com as mensagens trocadas, com as ligações curtas e os beijos demorados.
Todo mundo jurou que ia ser pra sempre. Mas não passou de um momento. Quem disse mesmo que não foi pra sempre ?!
Vai ser pra sempre aqui ó. Aqui dentro do meu peito e da minha memória. Aqui aonde eu já não te odeio mais, aqui aonde só resta uma saudade boa do seu gosto bom. Aqui ó, aqui bem dentro de mim. Você está guardado e petrificado pelos dias bons que a doçura do campo nos deu. A saudade me faz apertar o canto dos lábios como você fazia quando eu dizia que não me importava e eu te juro, eu me importava, me importava tanto que não consigo esquecer.


Danielle Cano

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